Eu não sabia o que era sentir até aquele momento. A minha existência tinha sido pautada em ter casos, e a utilizar pessoas. Até aquele momento pude perceber que sempre que sentia um vazio, no final de um dia de trabalho, ou mesmo em um fim de semana tedioso ao lado de uma xícara de café e um livro de suspense, era por nunca ter sentido aquele sentimento. Foi à primeira vista, ao cruzar os meus olhos com o dele. Ao me perder na imensidão de um azul tão negro quanto o mar frio da noite. Disse um ‘oi’, e retribuiu com um sorriso. Pensei ‘nossa, eu preciso ver esse sorriso pela manhã!’, e falei sobre o tempo. Isso, por dias, se repetiu. Até que ele, já entendendo minhas intenções, me chamou pra tomar um café e conversar sobre qualquer coisa que não seja o tempo. Eu ri. Ele riu de volta.
O que eu precisava, ele tinha. Pedi ele em casamento após 6 meses de conversas, risadas, beijos e tapas. Ele aceitou no exato momento em que disse ‘Eu estava aqui, pensando em como seria passar o resto da vida ao teu lado’. Foi numa primavera.


Um comentário:

Luar na Relva disse...

Cadê você???? Volte pra cá!