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E eu continuo aqui redigindo textos idiotas esperando o meu grande amor chegar. Esse amor vai aparecer do nada, e vai me tirar pra dançar em uma noite de chuva; vai me fazer cantar músicas ridículas, vai me fazer rir até minha barriga doer. Mais enquanto ele não chega, continuo aqui escrevendo textos idiotas.

São meia noite e meia, e a lua esta branca e cintilante, e eu não vejo coisa mais bela há muito tempo. Eu gosto de ver a lua, ela me faz imaginar estórias de príncipes e princesas, em contos de fadas, e dragões e cavalheiros, e nada é tão romântico quanto essas estórias medievais; por quê? Não sei! Talvez seja pelo que éramos capazes de fazer quando apaixonados, ou, talvez, porque éramos obrigados a provar que éramos verdadeiros homens, que honravam suas mulheres. Hoje não existe mais isso, e eu me pergunto se somos hoje infelizes. Creio que não.

Continuo aqui, parado, escutando músicas tristes, que foram feitas por pessoas que acabaram de perder o grande amor de suas vidas e, a única forma de esvaziar (por falta de melhor palavra, esteja grifado) foi escrevendo músicas tristes, sobre como foram deixadas e como esse amor nunca vai voltar. Eu não gosto de escutar esse tipo de música, mais escuto, e escuto porque sou um eterno sofredor de paixões nunca vividas. E isso soa até engraçado pela ironia que tal frase emite “paixões nunca vividas”.

Escrevo pra desabafar mesmo, algo que eu sei que poucos, ou talvez ninguém, lê. Escrevo como forma de saída de um mundo tão chato e sem graça como esse em que vivo. Um mundo onde tanta violência, tanto descaso faz com quê todos vivam em suas bolhas, escondidos, sozinhos, e a espera de um futuro idealizado. Isso cai tão bem a minha pessoa, esperando por um amor, que me deixe sonhar em noites frias de inverno. Um futuro tão idealizado que talvez, nunca se sabe, não irá se realizar.

Escrevo pra ver, que daqui a uns anos, a pessoa que fui hoje não será a de amanhã. Estamos em constante mudança e nem percebemos. Você diz que fui eu quem mudou, mais na verdade você que mudou e nem se deu ao trabalho de perceber. Escrevo pra provar pra mim mesmo que o que eu idealizo hoje, não vai ser meu ideal de amanhã, e eu odeio pensar nisso. Mudamos sim, fato! E isso me dói amargamente no peito.

Porém, te digo com toda a certeza, eu continuo aqui, esperando aquele amor que vai me tirar pra dançar em um dia de chuva, que vai me fazer cantar músicas ridículas e rir até doer a barriga, porque eu sei, que em algum lugar, alguma hora, eu encontrarei, me sentirei completo, e me farei reler esse texto e ver que eu continuo o mesmo cara que costumava dizer coisa sem sentido, que costumava fazer coisas sem sentidos, e que mudou, mais continuou o mesmo cara apaixonado pelo romantismo de uma época, pela lua que brilha no céu de uma noite sem nuvens e pelo fato de mudarmos a todo instante.

2 comentários:

promessadeflores disse...

chorei lendo tão lindo
tu escreve muito bem parabéns !!!
queria uma dia me expressar assim.

gabi disse...

muito bom aqui :)
você escreve bem... eu gostei;

achei teu blog no orkut da Kamilla, a boneca dos jogos mortais, husauhshuaauh;

atualizaaaaa
:**