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No mais, Adeus! Por mais que eu queira evitar dizer tais palavras, fica claro que cedo ou tarde irei pronunciá-las. E não venha me dizer que fez de tudo por nós, que não queria isso, que tudo que vivemos foi em vão. Não foi, e nunca será! O que vivemos foi tão perfeito, tão lindo, que não foi inventada palavra que possa dizer o que significou. É talvez eu esteja parecendo um daqueles caras que vivem declamando clichês aos ventos que me cercam, mas o que posso fazer? Vivemos de clichês, você bem lembra disso. E eu vou sentir tanta saudade, de tudo; me dói ter que escrever isso, mas você me conhece bem, não conseguiria te encarar, olhar nesses gigantes olhos azuis e dizer tudo que eu queria. Eu preciso respirar um pouco, preciso viver um pouco, perceber que eu ainda tenho condições de acreditar em tudo que me dizem. Eu preciso rir um pouco, sair, dançar, cantar, ficar bêbado! Eu vivi uma vida tão cômoda com você, que não tinha me dado conta de que eu não estava vivendo, e sim vegetando. E eu te amo tanto, tanto! Qualquer dia eu apareço aqui, te dou um ‘olá’, te chamo pra jantar. Talvez te ligue no meio da noite, só pra escutar tua voz, e talvez quando ligar você já esteja com alguém do seu lado, e talvez já tenha me esquecido. Eu nunca vou te esquecer.

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