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Demorei uns minutos a mais para poder perceber que tinha perdido. Era tão fácil fingir que ignorava aquela situação que, até quando não queria, ignorava sem nem saber mais o porquê. Tentei ao máximo fingir que aquilo não estava me fazendo sentir. Era um sentimento que nunca havia sentido antes, era desejo, era egoísmo, era desprezo.

Sentando na esquina esperando alguém me notar chorei. E chorei tanto que meus olhos doíam. Eu queria gritar, mandar as pessoas irem pra cantos feios. Queria matar essa sociedade desgraçada que não fazia seres humanos, mais apenas humanos, sem serem, sem sentirem nada! Quase uma máquina (ou uma maquina de fato!). Foi então que ela chegou, meio que de ponta-de-pé, meio sorriso no rosto, todo o amor de um mundo. Me olhou e apenas isso. Peguei na sua mão, levantei, olhei o céu que continuava com aquele azul que eu tanto gosto e caminhei. Era apenas mais um passo, de uma longa e satisfatória caminhada.

Um comentário:

Kamilla Rodrigues disse...

menino que lindo isso, sério. =) amo tu